Mesmo com o consumo permitido e aceito socialmente, o álcool é uma substância que causa dependência e muitos danos à saúde. O uso do álcool pode começar com intuito de integração social e com o tempo o indivíduo pode desenvolver dependência não só emocional, mas física. É aí que começa o alerta para a família.
Nem sempre é fácil identificar a
dependência alcoólica pelo fato do indivíduo ter maior resistência ao efeito da bebida. Quando o consumo passa a ser rotineiro e acima do normal, trazendo conseqüências como ressacas constantes, males físicos e alterações comportamentais, é hora de se buscar ajuda e tratamento. Nessa etapa, a pausa no consumo causa crises de abstinência, assim como no uso de drogas.
O maior problema para o dependente de álcool é a facilidade de consumo. Diferente de outras substâncias tóxicas, a oferta de álcool é livre e está em muitas partes: supermercados, bares, lojas de conveniência. Por essa razão, o tratamento involuntário dificilmente tem sucesso. A recuperação do alcoolismo leva anos e depende muito da vontade do indivíduo e do apoio familiar. Existem vários programas psicológicos, religiosos, de auto-ajuda. O importante é que o dependente se identifique com um tipo de tratamento e tenha a consciência de que precisa se libertar do vício. Mas como não há proibição do comércio de bebidas, as recaídas são comuns e muito perigosas.
Muitas doenças podem ser decorrentes do uso excessivo do álcool e levam à morte. Problemas hepáticos e cardíacos são alguns exemplos. Mas os prejuízos para o ser humano vão além do corpo. A mente de um alcoólatra leva a comportamentos de extremo sofrimento para familiares. A violência doméstica, em muitos casos, tem origem no consumo excessivo de álcool.
Como identificar a dependência alcoólica
Procure acompanhar o comportamento do indivíduo que consome álcool em excesso. Veja se ele busca justificativas para a bebida. Beber logo pela manhã, Poe exemplo, para “esquentar” ou “animar”. Tornar o álcool justificativa para tudo: stress, ansiedade, problemas no trabalho. Alerta também para o nível de tolerância à bebida. Quanto maior resistência aos efeitos do álcool, maiores as chances de se tornar dependente.
O dependente de álcool nunca sabe a hora de parar. Para ele, sempre há espaço para mais uma dose. A afirmação de que “quando eu quiser, eu paro” não é verdadeira. Nesse estágio, o organismo já tem necessidade da substância e não há mais controle da vontade.
Se você tiver um familiar ou ente querido nessa situação, procure ajude de profissionais especializados em clínicas de recuperação. Quanto menor for a fase de negação, maiores as chances do viciado se submeter ao tratamento. Mas o mais importante é evitar que adolescentes e jovens ingressem no vício. Os exemplos e a orientação começam em casa. Não incentivar, evitar exposição à bebida e oferecer orientação são bons caminhos a serem seguidos.